terça-feira, 20 de março de 2018

Putain!


Prometeram e não cumpriram, aliás, há muitas bandas assim, que dizem que não irão gravar nada e depois aparece um disco... Os Putan Club merecem a incongruência seja qual for o motivo do lançamento do LP Les Filles de Mai (Toten Schwan; 2017) porque esta banda nunca está em casa, perde tempo em visitar os "niggers" da Europa (Lydia Lunch dixit no Sábado passado) e metem-se pelos desertos africanos e asiáticos com o mesmo respeito (ou mais) que teriam por qualquer outro público e ser humano. Esta banda incorpora os ideiais anarquistas e libertários, feministas e solidários, ecológicos e autónomos como poucas ou nenhumas bandas o serão e farão.
Os temas são os mesmos de vários edições CD-R que a banda costumava levar nas suas tournês infinitas - um dos temas, aliás, apareceu no CD do Punk Comix - por isso, tenho pouco a declarar aqui sobre o seu Rock Industrial, cheio de velocidade punk e techno pós-aldeia global. O certo é que agora ouve-se tudo com mais clareza e o som está mais límpido do que um ficheiro mp3. É um grande disco, é uma grande festa.

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