sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Buraco #2

Buraco; Dez'11
v/a

Saído inesperadamente na última Feira Laica, eis o segundo número do Buraco, projecto de autores de Lisboa e do Porto - embora seja na última cidade que se encontre a maioria das participações desta publicação.
Há quem diga que fui injusto com a resenha do primeiro número mas para um projecto com características políticas é estranho que não tenha "mais sal". A promessa que "o céu é o limite" terá de ficar para o próximo número porque não se vê avanços entre os dois primeiros - como poderia com esta crise!? Falta um discurso editorial e uma arrumação das páginas de forma que não pareça que dois ou três grupos de artistas, desconfortavelmente, se juntaram para fazer uma revista. Não deixa de ser importante o acto em si (uma nova publicação), só parece forçado, sem a energia e foco que as edições dos Gajos da Mula ou Senhorio tinham no passado (estes dois colectivos fazem maioria no Buraco).
Caso estranho do do José Feitor, um ilustrador sempre conotado com desenhos de cariz político, apresentar uma sequência pseudo-bd-surrealista-xamánica. Uma coisa boa, a bd do Bruno Borges serve como guia para um gajo apanhar pifos no Cais do Sodré - sabemos de um caso real. De resto, será que este projecto é capaz de acertar no terceiro buraco?

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