sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Abria-te o público todo!



O P3 lá fiz a praxe de sempre dos periódicos que é aquela cromice do "melhor de 2011"... só que fizeram com um pouco de originalidade e pegaram nos (fan)zines. E a Associação Chili Com Carne deu uma ajuda na selecção. Eis aqui a escolha: p3.publico.pt/cultura/livros/1757/os-melhores-zines-de-2011
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Esta bizarra parceria começou mal, com o P3 a pedir textos inéditos gratuitamente como se tivessemos alguma espécie de prazer, obrigação ou glória em participar no famoso jornal Público. No entanto, conhecendo a redação do P3 percebemos que há aqui uma vontade de renovar as fórmulas gastas do Público e especialmente o seu suplemento cultural, o "Imbecílon". O P3 é uma espécie de "jornal da escola" inserido numa estrutura profissional enorme que é o Público e que este muito provavelmente não deve apoiar muito o projecto. Deve o tolerar como tolerou outras coisas no passado, como as famosas edições ilustradas, sem pensar que estas "excentricidades" são mais-valias comunicativas, especialmente numa era de desmaterialização do impresso. É curioso, que numa altura que é uma loucura lançar mais um jornal, o I, sendo mais fraco a nível jornalístico, soube atrair um público que não comprava jornais, parte do sucesso foi a aposta em Design atractivo, infografia, ilustração e bd. É curioso!
O P3 está restrito ao Porto - a redacção e os recuros são de lá - e por isso fecha-se nesse círculo geográfico mas apresenta uma frescura por divulgar aquilo que o "Púdico" & "Imbecílon" recusam-se a ver / divulgar. A Chili Com Carne simpatizando com o projecto - mas sem oferecer conteúdos e conhecimento à borla, ou pelo menos de forma descarada - alinhou na lista "best of". Dêmos a nossa opinião sobre os melhores zines de 2011 mas o P3 que sacasse a informação no nosso blogue, escrever uma linha original de propósito é que não! A verdade é esta, são as grandes companhias de mass-media que precisam de conteúdo dos "pequenos editores" (produtores, artistas, etc...) para preencher as suas 24h de emissão, não são os pequenos editores que precisam das grandes companhias para enriquecer as suas edições. Os "pequenos" têm a vontade e a visão que originam conteúdos originais e necessários para enriquecer a Humanidade, características os "grandes" perdem na sua rotina, ganância e vaidade.

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