sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

No Oppression


2227 : Sarlo, budi nezan (Stripcore; 1995)
The Oppressed : Fuck Fascism (Anti-Fascist Records; 1995)

Os Fascistas e os neo-nazis em portugal são burgueses chateados com a vida mundana pós-moderna - lá fora dizem que é proletariado ralado mas é dificil de acreditar numa sociedade cuja a população activa acenta em maioria no sector dos serviços, que tal os Skins dos Recibos Verdes? Mas voltando aos porcos: os Skins sabem que ser racista ou anti-semita é imbecil mas também sabem que não há muito mais para fazer nos dias de hoje, aborrecidos tomam o caminho que é a última aventura do homem moderno, o "hooliganismo" e o tribalismo bacoco. Optam pela falta de identidade num ideal colectivo para cobrir a falta de imaginação quando são jovens, depois ficam adultos arranjam emprego e quando se reformarem serão aqueles velhos caquétidos e nojentos que andam nos eléctricos a dizerem em voz alta barbaridades "dê-mos a democracia aos pretos e olha o que eles fizeram...". Daqui mais uma geração espero que desapareça essa sub-cultura juvenil idiota que andou na moda este tempo todo.
Mas o pior ainda são os tipos que são os S.H.A.R.P.'s ou Redskins que querem limpar a imagem dos Skinheads, querem eles relembrar que o Skins não eram racistas - muito pelo contrário - bla bla bla, tão rídiculo como os Satánicos que querem manter o "bom nome do Satanismo" (ver os estatutos da Associação Portuguesa de Satanismo para uma boa barriga de riso). Para quê recuperar algo que já foi corrompido? Para quê obrigar uma sub-cultura perdida a remediar-se? Novamente a resposta é só uma: falta de imaginação. Daí que ao ouvir este EP dos The Oppressed é o desprezo total, mesmo sendo uma banda de culto, influente na cena dos anos 80 e 90 graças à sua militância anti-fascista e anti-racista. A sua mensagem é directa - não há lirismos possíveis - e a música é aquela cena básica de Punk - eventualmente os especialistas dirão que é Street-Punk ou Oi ou ... - mas quem, a não ser mentecaptos, poderá se interessar por isto? Eu não... se é para ficar como o gajo da capa deste EP prefiro ser fascista!
Bom, no mesmo ano de 1995 na Eslovénia, o Hardcore e o vinil tinham outro colorido, pelo menos era azul na rodela que é uma caixinha de Pandora quando se põe a tocar na aparelhagem. O primeiro tema é Hardcore simples que acaba por se transformar em Ska, cantado em língua nativa que só lhes fica bem, segue-se uma versão do tema Innocent when you dream do Tom Waits que não está má excepto pela voz vulgar mas o melhor vem no lado B em que temos Techno-Dub misturado com a matriz "Hardcore + violino" que caracterizava a banda. Estes dois temas já eram conhecidos do álbum de estreia No Brain No Tumors sendo que o tal último tema aqui aparece remisturado pelos Borghesia - uma banda electro-industrial dos anos 80 que apesar de conhecer esqueci-me completamente de investigar quando estive em Ljubjiana,... é o que dá pensar só nos Laibach.

o vinil dos 2227 (e os seus CD's) pode ser aquirido à CCC (20% desconto para sócios).

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